Menu Mobile

Médico vai a júri popular

Médico vai a júri popular

cristianec

O médico José Juarez Cardoso Corrêa, 54 anos, acusado da morte de sua mulher, Maria Teresinha Harb Correa, 51 anos, ex-dona da Confeitaria Maomé, ocorrida no ano passado, em Porto Alegre, vai a júri popular na próxima sexta-feira (22), a partir das 9h, na 1ª Vara do Júri no Fórum Central.

Maria Teresinha foi encontrada morta em 25 de abril de 2005, em um banheiro da cobertura na qual morava com a família e a empregada. O marido disse que a mulher havia se matado, mas o cenário da morte apontava para homicídio. A vítima tinha lesões, e peritos detectaram sangue em outras peças da casa. A empregada disse ter sido obrigada a auxiliar Corrêa. O crime teria sido motivado por divergências na divisão dos bens entre o casal, em processo de separação.

O oftalmologista José Juarez e a empregada do casal, Ana Lúcia de Oliveira Gonçalves, foram acusados pelo crime e estão presos. Houve cisão (separação) do processo e em relação à empregada, que provavelmente seja julgada ainda no decorrer deste ano, não há decisão se será submetida a júri.

O Promotor de Justiça Luís Antônio Portela, para condenar o réu, sustentará que houve homicídio doloso, com o concurso de ambos no resultado morte. José Juarez foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado: primeiro, por motivo torpe, em razão de que a motivação do crime foi a divisão do patrimônio; segundo, por ter sido praticado mediante meio cruel, pois infligiram na vítima sofrimento atroz e desnecessário, que inclusive pedia misericórdia, em razão das várias lesões; terceiro, recurso que dificultou a defesa da vítima, posto que agredida por ambos os denunciados, que a imobilizaram e impediram qualquer reação por parte de Maria Teresinha.

Para Portela o júri é a resposta da Justiça e da sociedade “para os crimes violentos que ocorrem em nossa cidade”. “O Tribunal do Júri, composto por jurados, que representam a comunidade, é uma das instituições mais confiáveis”, afirma o Promotor.

Entenda o caso

> Em 25 de abril, Maria Teresinha Harb Corrêa é encontrada morta na cobertura onde morava com a família, no bairro Bela Vista
> O médico oftalmologista José Juarez Cardoso Corrêa chama a polícia e informa que a mulher se matou. O cenário intriga policiais e peritos. O corpo está em um banheiro. A vítima tinha muitos hematomas e ferimentos, além de uma lesão na cabeça. Uma faca está ao lado do corpo
> Em 28 de abril, a empregada Ana Lúcia Gonçalves é presa. A partir da confissão dela e do resultado de perícias, o marido da vítima é preso
> Ela diz ter sido forçada pelo patrão a cortar o pulso de Maria Teresinha, depois desta já ter sido golpeada pelo médico, que nega o crime
> Exames detectam sangue no chinelo da empregada e no carro do médico. Bilhetes suicidas teriam sido forjados pelo marido.



USO DE COOKIES

O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul utiliza cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação.
Clique aqui para saber mais sobre as nossas políticas de cookies.